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E QUEM DISSE QUE O SAL FAZ MAL À SAÚDE?




Olá amigos, com muito prazer hoje escreverei sobre um nutriente essencial à vida que vem sido motivo de confusão completa na medicina e nutrição, devido a um simples motivo: ignorância. 
Você já deve ter cansado de ouvir que "sal faz pressão subir", "sal pode matar", e etc... Se você é hipertenso então aí as barbaridades são maiores ainda, pois tudo que o profissional de saúde faz é repetir o que ouviu de algum "professor" sobre a necessidade da restrição do sal em sua dieta, pois é ele o causador do aumento da pressão arterial. Mas e porque isto tudo é tão absurdo assim se é o que praticamente todo profissional recomenda? 
Simplesmente porque quando estes mesmos fazem esta recomendação, estão fazendo o que já é de praxe na medicina, repetindo "feito papagaio" um ensinamento obsoleto e equivocado por completo, que é ensinado ainda diariamente nas universidades brasileiras. E ao invés destes terem a consciência de que devem sair "das garras" destes ensinamentos e ir atrás das informações corretas, infelizmente o mais fácil é sempre ir nadando com a maré e seguir lamentavelmente sem resolver a vida de ninguém, como é o que enxergamos na medicina atual.
Nos tempos antigos, o sal teve literalmente o valor do seu peso em ouro, a ponto dos exploradores Africanos e Europeus negociarem uma onça de sal por uma onça de ouro. Os soldados romanos também eram pagos em sal, daí a palavra moderna "salário" (palavra latina) e as expressões "vale seu sal" (worth his salt) ou "ganhando seu sal" (earning his salt). Longe de ser prejudicial, o sal de qualidade é realmente essencial para a vida, mas tais alegações de malefícios não conseguiram ser provadas de forma decisiva, tanto como os supostos benefícios de uma dieta com baixo teor de sal. 
Agora a Weston A Price Foundation (WAPF), na minha concepção as maiores autoridades em pesquisas nutrigenéticas,  está tentando colocar as coisas no seu lugar e já avisou a agência americana de regulação de alimentos e remédios - Food and Drug Administration (FDA) que seus planos para a restrição de sal representam uma grave ameaça para a saúde humana.
Peraí, mas não se assuste, pois não fiquei louco. Estou falando de SAL, e não de cloreto de sódio (NaCl), este antinutriente que você compra e utiliza todos os dias em seus alimentos. E existe uma diferença total nestas duas coisas que escrevi agora. Um sal deveria conter uma gama imensa de nutrientes minerais e servir como suplemento de saúde ao corpo humano. O que acontece é que o sal refinado que nos é vendido só contém dois elementos: sódio e cloreto, que mesmo estes são também essenciais para a vida, uma vez que nossos corpos não podem produzi-los por conta própria. 
Alguns dos muitos processos biológicos para os quais o sal é crucial incluem:
• Compor um importante componente do seu plasma sanguíneo, fluido linfático, fluido extracelular e mesmo líquido amniótico;
• Transporte de nutrientes para dentro e fora de suas células;
• Manutenção e regulação de pressão arterial;
• Suportar a saúde das populações de células da glia em seu cérebro, que são essenciais para a formação da camada protetora denominada mielina, que circunda a porção do neurônio que conduz os impulsos elétricos, bem como outras funções vitais neurológicas;
• Auxiliar seu cérebro a se comunicar com seus músculos, para que você possa mover sob demanda através de permuta de íons de sódio-potássio.
No comentário da WAPF para o FDA ainda divide-se a importância de sódio e do cloreto para função do corpo: 
"O sódio desempenha um papel crítico na fisiologia do corpo. Ele controla o volume de fluido no corpo e ajuda a manter o nível de ácido-base. Cerca de 40% de sódio do corpo está contido no osso, um tanto é encontrado dentro de outros órgãos e células, e o restante 55% está no plasma sanguíneo e nos fluidos extracelulares. O sódio é importante na adequada condução nervosa, no auxílio da passagem de vários nutrientes para as células e na manutenção da pressão arterial.
Enzimas dependentes de sódio são necessárias para a digestão de carboidratos, para reduzir carboidratos complexos e açúcares a monossacarídeos como a glicose, frutose e galactose; o sódio também está envolvido no transporte destes monossacarídeos através da parede intestinal. Embora o sal seja a fonte alimentar mais comum para esses elementos essenciais, o sódio também está disponível a partir de vários alimentos que contenham sódio naturalmente.
Íons cloreto também ajudam a manter o volume adequado de sangue, pressão arterial e o pH dos fluidos corporais. O cloreto é um íon extracelular importante e contribui para muitas funções do corpo, incluindo a manutenção da pressão arterial, equilíbrio ácido-base, atividade muscular e a circulação de água entre compartimentos de fluido. O cloreto é o principal componente do ácido clorídrico, que é necessário para a digestão de proteínas.
Os sintomas de hipocloridria (baixa de ácido clorídrico) incluem distensão abdominal, acne, deficiência de ferro, arrotos, indigestão, diarreia e várias alergias alimentares. O cloreto é disponível em muito poucos alimentos e o cloreto adequado deve ser obtido do sal".
Bom, mas fora deste papo todo mais técnico, saibam que o que grandes cientistas têm descoberto e comprovado é que um dos piores problemas para o aumento da pressão em níveis maléficos é novamente o veneno chamado Frutose (para aqueles que ainda não leram sobre este problema, leiam no artigo que escrevi http://www.blogdodrvictorsorrentino.com/2012/05/o-que-esta-deixando-o-mundo-obeso.html)
E o assunto é tão controverso e sério que no ano passado uma meta-análise de sete estudos envolvendo mais de 6.000 pessoas não encontrou nenhuma evidência forte de que o corte na ingestão de sal reduza o risco de ataques cardíacos, derrames ou mortalidade. Na verdade, foi a restrição do sal que na verdade aumentou o risco de morte em pessoas com insuficiência cardíaca.
Além disso, uma pesquisa publicada no Jornal da Associação Médica Americana revelou que quanto menos sódio é excretado na urina (um marcador de consumo de sal), maior o risco de morrer de doença cardíaca (5). O estudo seguiu 3.681 europeus de meia idade saudáveis por oito anos. Os participantes foram divididos em três grupos: baixo sal, sal moderado e alto consumo de sal. Os pesquisadores controlaram as taxas de mortalidade para os três grupos, com os seguintes resultados:
1. Grupo de pouco sal: 50 pessoas morreram;
2. Grupo sal moderado: 24 pessoas morreram;
3. Grupo de muito sal: 10 pessoas morreram.
O risco para doenças cardíacas foi 56% mais alto para o grupo com baixo teor de sal do que para o grupo que comeu mais sal! Alguns estudos têm demonstrado um benefício modesto na restrição de sal entre algumas pessoas com pressão arterial elevada, mas as evidências não se estendem para o resto da população.
E isso que estamos falando aqui do NaCl (sal refinado), não entrei nem na conversa que queria chegar com vocês ainda, então continue lendo que não estou aqui para aconselhar que você use isto que chamam de sal vendido nos mercados.
Notas da WAPF:
"Apesar do consumo de sódio em excesso provocar o aumento da pressão arterial em certos indivíduos sensíveis, o aumento do consumo de sal não aumenta a pressão arterial na maioria das pessoas. Em uma população média quando ocorre uma redução na ingestão de sal, cerca de 30 por cento vai experimentar uma pequena redução na pressão de sangue (entre um e quatro mm de Hg), enquanto cerca de 20 por cento vai experimentar um aumento semelhante da pressão arterial.
Os restantes 50% da população não irão mostrar nenhum efeito ao final com a redução do consumo de sal. Na maioria das pessoas, até mesmo um aumento significativo no consumo de sal não vai aumentar pressão arterial. … Enquanto a restrição de sal pode beneficiar uma pequena percentagem de pessoas com pressão arterial elevada, a ciência não mostra qualquer benefício para a saúde – ou problemas significativos de saúde – devido à restrição de sal para a maioria da população."
O sal processado não é cloreto de sódio puro, mas 97,5% de cloreto de sódio com adição de agentes secantes que correspondem aos 2,5% restantes. Essas são substâncias químicas perigosas como o ferrocianeto e o silicato de alumínio.
Mais de 80% do sal que a maioria das pessoas consome provém de alimentos processados. Como efeito, há demasiado sódio nos alimentos processados. Já escrevi diversas vezes e vou repetir que vocês não deveriam comer esses alimentos até porque sódio é apenas um dos muitos ingredientes dos alimentos industrializados que podem afetar negativamente a saúde de qualquer indivíduo. O sal adicionado a esses alimentos de conveniência é branqueado, deficiente em oligo-minerais e praticamente apenas sódio. Por isso que você vê toda hora matérias em televisão e outros meios de comunicação de pessoas medindo a quantidade de Sódio nos alimentos. O que não é nenhuma novidade e não tem resolvido problema nenhum, uma vez que as pessoas continuam preferindo alimentos prontos e processados como forma de facilitar suas vidas. Infelizmente nem tudo que facilita nossa vida ajuda nossa saúde...

Mas e sobre a "pressão alta, o que é de fato esta alteração? Apesar de ser uma das enfermidades mais estudadas e discutidas, sabemos que cotinua pouco compreendida em sua base. E é fácil de entender esta afirmação: se uma pessoa é diagnosticada Hipertensa, ela geralmente começará a usar "X" medicações para o resto de sua vida, ou seja, grande sinal de que  resolver o problema o médico não será capaz, pois se o fizesse, não seria mais necessário o uso contínuo de drogas, não é mesmo?
Bom, a  pressão arterial elevada é basicamente um fragilizador do sistema circulatório, deixando o coração, os rins e o cérebro expostos a vários riscos. É uma condição comum, que torna milhares de pessoas condenadas à necessidade de tomarem, continuadamente, medicamentos que ficam cada vez mais sofisticados e cada vez mais caros, e sempre com efeitos co-laterais.

A multimilionária indústria de medicamentos anti-hipertensivos produz mais de uma centena de produtos, que, no entanto, na opinião de estudiosos como John Larag, editor chefe do Jornal Americano de Hipertensão, não consegue oferecer um resultado muito satisfatório no controle da doença. Em uma entrevista para o diretor do Instituto Americano do Stress, Paul Rosch, o conjunto de tratamentos para a hipertensão arterial é considerado “um deplorável fiasco”. Mais de 90 por cento dos pacientes que usam medicamentos na Inglaterra sofrem algum efeito co-lateral, o que reduz o número de usuários a cerca de 17 por cento! (British Medical Journal, junho, 2002)
Uma questão que logo vêm a tona para observadores mais perspicazes é que praticamente tudo o que se fala sobre essa enfermidade não parte de uma pergunta fundamental: por que motivos a pressão arterial pode se elevar no corpo humano? Qual a finalidade da pressão se alterar? Haveria alguma vantagem da pressão se modificar?
Bem, a pressão arterial tem como finalidade básica manter a adequada alimentação celular e tecidual, isto é, chegar sangue adequadamente nas células. 
Esse conhecimento é muito importante, a pressão é controlada por complexos mecanismos com uma finalidade muito clara: suprir sem lesar as mais diversas partes do corpo. Um dos mais importantes “elevadores” da pressão é a adrenalina. Isso não ocorre sem um bom motivo. É importante entender que numa situação de stress o corpo se comporta como numa reação de luta ou fuga. E para fugir ou lutar é fundamental ter bons músculos. Os grandes músculos dos membros ficam mais eficientes e recebem mais sangue, ao mesmo tempo em que estão mais contraídos. Nesse momento é fundamental que a pressão se eleve para garantir um adequado suprimento de energia para que os músculos garantam ao indivíduo sua luta pela vida. Fugindo ou lutando, o certo é que os órgãos internos não terão direito ou necessidade de receber muito suprimento sangüíneo.
Nos meios urbanos, muitas pessoas se sentem sob intensa pressão de vários tipos. Isso pode fazer a fisiologia humana empreender uma reação crônica de luta ou fuga, muito embora não haja efetivamente essa atitude. É bem provável que esse tipo de percepção leve inúmeros indivíduos a automatizarem a reação de aumento da pressão, o que pode se traduzir num quadro de hipertensão arterial. O corpo fica incapaz de manter um controle. A origem desse processo é uma incongruência adaptativa, uma demonstração da inviabilidade das pessoas viverem em harmonia com o seu meio ambiente, seja esse ambiente material ou imaterial.
Amigos, mas saindo um pouco da problemãtica sobre pressão arterial e voltando aos sais, imaginem se em todos os momentos que eu estivesse com sono e cansado durante o dia, resolvesse fazer uso de cocaína para acordar. Pronto, resolvo um problema de ficar acordado, porém trazendo um caminhão de problemas para minha vida. E é isto que as pessoas têm feito com a sua saúde! Estou sem conseguir dormir? Compro uma droga tarja preta sedativa e "durmo" (só quem usa acha que dorme, pois tãoo logo entre em contato com o corpo, a medicação provocará sedação e não sono reparador, portanto não descansará o corpo e o mesmo não conseguirá produzir 1% dos hormônios e antioxidantes próprios do sono). Estou comendo demais? Compro outro tarja preta para reduzir meu apetite quimicamente e pronto, ganhei de presente um possível efeito sanfona pro resto da minha vida. E assim por diante, só que o médico faz parte ativa deste processo ignorante e concorda com este tipo de medicina absolutamente ineficaz e incoerente.

Mas então o que é realmente Sal? Bom, deve ser um Sal natural não refinado e puro, tal como é em seu estado natural na natureza! Aí você pode usar o Sal Marinho, o Flor de Sal  por exemplo e alguns outros, mas escreverei sobre aquele que é considerado o melhor Sal do mundo: Sal Rosa do Himalaia!
Sua cor rosa, oriunda da grande concentração de minerais e ferro, é resultado de um processo natural que enriquece o cristal com o tempo. Esses cristais vem de uma reserva natural, aos pés da cordilheira do Himalaia. Eles se formaram quando as montanhas eram o leito do mar e por não serem refinados conservam mais de 80 elementos naturais necessários a um bom funcionamento do nosso organismo.  

Este nutriente contém cerca de 84 minerais em sua composição que podem ser facilmente assimilados e metabolizados pelo coprpo humano (bilhões de vezes melhores do que aquela "porcaria" -desculpem-me a expressão-, do Multiminerais mais vendido do mundo, que faz propagandas nas televisão e ainda é receitado por um grande número de profissionais da área da saúde. Os minerias destas cápsulas que são vendidas servem muito bem para enriquecer a urina ou as fezes de quem os consome, uma vez que não são quelados e grande parte dos minerais só conseguem ser absorvidos em seu estado natural ou quando passam por um processo de quelação. E se fosse simples assim tudo bem, entretanto o que acontece é que uma vez ingerida cronicamente como uma fórmula mágica, estes multivitamínicos e minerais do tipo Cent... acabam desequibibrando a concentração destes nutrientes corporais. Ou seja, não usem meus amigos, cada organismo necessita especificamente de nutrientes que devem ser pesquisados!

Mas voltando ao Sal Rosa do Himalaia, quero que vocês saibam que por centenas de milhões de anos, através do derramamento contínuo e incessante da energia do sol, os oceanos primordiais e intocados do nosso planeta foram lentamente evaporados, deixando para trás o potencial energético enorme do sol trancado dentro do sal original. Então, cercado pelas forças da natureza, o sal foi submerço pelas terras das montanhas do Himalaia. Submetida a uma enorme pressão, peso e o balanço das montanhas, o sal fundiu-se para uma forma pura e cristalina como diamante.

Durante 250 milhões de anos o sal permaneceu intocado, até agora. Pesquisa biofísica vinda de uma fonte exclusiva nas montanhas do Himalaia revelou que escondido dentro dos cristais geometricamente perfeitos contém 84 minerais essenciais necessários para prover a vida humana. Este sal é um oceano virtual de energia! Este é o sal do Himalaia cristal original com o qual uma extensa pesquisa foi feita e publicada no livro Water&Salt, The Essence of Life, por Dr. Med. Barbara Hendel and Peter Ferreira (Tradução do título do livro: Água & Sal, A Essência da Vida.
 

Bem, sei que a informação pode mudar a vida de muitos, principalmente aqueles que sofrem com medicações para baixar a pressão arterial e fazem as escolhas dos sais errados pensando estarem fazendo bem a si mesmos. E o que me deixa triste é que já conversei com alguns médicos que poderiam estar orientando seus pacientes a buscar estas alternativas, mas me parece que grande parte fez menção de que estavam interessados, mas no minuto posterior esqueceram. Agora imagino se eu tivesse falado sobre uma nova droga medicamentosa para alguma doença... duvido muito que fosse ser esquecida infelizmente. Pois este sal eu utilizo como suplemento, uso tranquilamente, tem sabor de sal e obviamente é um forte aliado para a saúde, um verdadeiro remédio natural, tal como Hipócrates já falava há tantos anos atrás.

Antes que me perguntem, este sal tem um custo absolutamente acessível e sinceramente, comprá-lo para usar é um investimento em saúde, portanto está fazendo o que parado aí rs? ´







 

O PODER DA CURCUMINA NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE DOENÇAS






O Açafrão da Índia, “Turmeric” ou “Cúrcuma” (Curcuma longa Linn.) é uma planta da família do gengibre (Zingiberaceae) sendo a raiz a parte mais utilizada na culinária e na medicina. No Brasil, principalmente em Minas Gerais e Goiás, é conhecida como Açafrão da Terra, Açafroa ou Gengibre Amarelo. 

 É no rizoma da Curcuma longa que está o componente mais ativo da planta, a curcumina presente em 2 a 5% deste delicioso tempero. A curcumina, isolada pela primeira vez por Vogel, em 1842, é um pó insolúvel na água e no éter, mas solúvel no etanol e no DMSO. A sua estrutura foi descrita por Lampe e Milobedeska em 1910 e quimicamente é um diferoilmetano com a fórmula C21H20O6 e peso molecular 368,4. 




Mas então chega de conversa técnica e vamos ao motivo pelo qual resolvi escrever sobre esta poderosa substância. 

Antes de começar a escrever, deixem-me só lembrar àqueles que já começam pensando em ser ou não científico, que falar sobre Antioxidantes já foi tema de prêmio Nobel de Medicina. Quer algo mais científico do que um prêmio Nobel?


 Vocês sabem que infelizmente a medicina moderna se tornou refém da indústria farmacêutica, então dificilmente teria olhos para qualquer substância barata e disponível a todos sem patentes laboratoriais. Entretanto a pressão vem sendo tanta, que não há mais como "barrar" os estudos científicos independentes. Isto acontece porque a medicina convencional não está conseguindo vencer a guerra contra câncer, doenças cardiovasculares e etc., mesmo lançando mão de teorias e mais teorias a respeito, drogas modernas e tecnologia avançada.


A Curcumina é muito consumida na Índia, cerca de 100 mg/dia por habitante, como tempero. E coincidentemente indianos têm baixíssimos índices de câncer. Entretanto, estudos demonstraram que aqueles indianos que modificaram suas dietas e deixaram de utilizar esta substância em seu dia a dia, passaram a apresentar maior incidência de câncer, principalmente aqueles que passaram a viver nos Estados Unidos e seus descendentes. 

Mas porque então uma "medicação natural" como esta nunca foi estudada ou não chegou com esta informação a você, já que é utilizada há mais de 6 mil anos pela medicina Ayuverdica para tratar desordens biliares, anorexia, tosse, feridas em diabéticos, alterações hepáticas, reumatismo, sinusite, entre outras afecções, ou seja, com tempo "imbatível" de utilização e sucesso terapêutico?

Simples de responder: Primeiramente ela é sim estudada e  em uma rápida busca, encontrei mais de 2300 referências no Medline (maior site de busca de trabalhos científicos na área médica) sobre a atividade biológica da curcumina. Se buscarmos então no "Google Acadêmico" (www.schoolar.google.com.br), encontramos mais de 61 mil estudos, ou seja, estudos existem e não são poucos, o que falta é realmente interesse e tempo de profissionais de saúde! Não é mais fácil receber um representante da indústria farmacêutica cheio de amostras grátis e passar a receitar medicamentos? Pior ainda, recebendo informações destas novidades de pessoas treinadas unicamente para vendê-los, sem compreenderem absolutamente nada sobre a fisiologia do corpo humano?

Pois bem, fazendo um breve resumo dos efeitos comprovados da Cúrcuma sobre o corpo humano, listo abaixo:





1.     Anticâncer
2.     Aumenta o efeito da quimioterapia nas situações de resistência a múltiplas drogas 
3.     Antiaterosclerótico
4.     Anti-inflamatório
5.     Reduz o colesterol
6.     Diminui a oxidação da LDL
7.     Inibe a agregação das plaquetas
8.     Diminui o tamanho da trombose no infarto do miocárdio
9.     Diabetes tipo II: hipoglicemiante, diminui os níveis de hemoglobina glicosilada e diminui a microalbuminúria
10.   Esclerose Múltipla: diminui as crises de exacerbação
11.   Alzheimer: retarda o processo degenerativo
12.   Fibrose cística: corrige alguns defeitos
13.   Doenças inflamatórias dos olhos: uveíte anterior crônica, pseudotumor orbital idiopático
14.   Diminui as dores na artrite reumatoide
15.   Efeito nas doenças de pele: psoríase e dermatites
16.   Efeito na esclerodermia
17.   Estimula regeneração muscular
18.   Melhora a regeneração das feridas
19.   Ajuda a cicatrizar escaras
20.   Protege o fígado e rins de lesões tóxicas
21.   Aumenta a secreção biliar
22.   Diminui a formação de cálculo biliar
23.   Efeito nas doenças inflamatórias de intestino
24.   Protege contra a formação de catarata
25.   Protege o pulmão da fibrose
26.   Inibe a replicação do HIV
27.   Inibe a reprodução das leishmanias





Aconselho que "usem e abusem" deste nutriente em sua dieta, pois estudos já demonstraram que podemos ingerir até 8 g/dia sem efeitos colaterais. E digo mais, para os apreciadores da Pimenta do Reino, saibam que a adição da mesma à Curcumina aumenta a sua biodisponibilidade celular, que sozinha é muito baixa, devido à rápida glucoronidação hepática e intestinal. A adição de pimenta do reino (Piper nigra) aumenta em 2000% a biodisponibilidade do princípio ativo. Na Índia o povo adora açafrão e pimenta. E a medicina moderna negou tudo que aconteceu antes das drogas farmacêuticas, simplesmente ignorando estas sabedorias milenares né...

Para aqueles que não gostam do molho curry ou que não conseguem adequá-lo em suas dietas, existe a possibilidade também do uso em cápsulas manipuladas, como faço. Doses são prescritas conforme cada individualidade, então desculpem-me, mas não poderei responder estas dúvidas pessoais. Mas saibam que os estudos comprovaram que o uso DIÁRIO é que tem efeito protetor, não só o uso eventual ok?

Vocês sabem da problemática que enfrentamos na estreita relação das indústrias farmacêuticas e a medicina, pois vivo falando sobre isto, não é mesmo? Pois é, saibam então que eles estão buscando de todas as formas, desenvolver substâncias análogas da Curcumina, porém modificadas bioquimicamente para que possam ser patenteadas e assim vendidas por 17 anos por aquela que produzir exclusivamente. Ou seja, enquanto isto não ocorrer, a informação não irá também chegar ao profissional de saúde, muito menos à população. Portanto, espero que me ajudem a divulgar isto, buscando quebrar esta condição corrupta e prejudicial imposta pela indústria da doença. 

Quero lembrar novamente que não sou homeopata, sou médico alopata, que faz de sua prática médica 80% do tempo voltada para cirurgias plásticas e que por este motivo utilizo medicamentos sim, mas sou uma pessoa que acredita em medicina honesta e que ajuda, funciona, independente da forma com que é feita, portanto quando medicamentos são necessários devemos utilizá-los, porém quando existem outras formas melhores, não podemos nos cegar pelo simples desconhecimento. Ou estudamos (que é nossa obrigação) e falamos sobre aquilo que conhecemos, ou não temos o direito de emitir opinião sobre aquilo que desconhecemos. 




 Nas palavras de Bharat Aggarwal e Shishir Shishodia (grandes estudiosos da Cúrcuma e seus efeitos no ser humano): “Vamos fazer uma viagem para nossas “RAIZES” antigas para explorar as “RAIZES” da Curcuma longa”.

Amigos, para aqueles que não são da área médica indico que parem por aqui a leitura, pois a partir do próximo parágrafo serei mais técnico para demonstrar cientificamente os meios pelos quais este poderoso antioxidante age inclusive como anti-câncer, uma vez que o ceticismo médico sobre o desconhecido é imperativo e mesmo que eu forneça uma série de referências bibliográficas ao final do post, a maioria deverá ouvir falar a respeito e dizer que faltam estudos científicos e etc...




Aos colegas profissionais de saúde: 

Efeitos da Curcumina no Câncer
 A curcumina possui uma série de efeitos na prevenção e no tratamento do câncer. É o fitoquímico que inibe o maior número de vias de sinalização, transdução e transcrição que conhecemos e por esse motivo possui potente efeito no câncer como antiproliferativo, apoptótico, antiangiogênico e antimetastático.
Efeitos da Curcumina no Câncer in vitro

 A curcumina suprime a proliferação de vários tipos de células tumorais in vitro: carcinoma de mama, carcinoma de cólon, carcinoma de próstata, carcinoma basocelular, melanoma, leucemia mielógena aguda, leucemia de células T e linfoma de células B. A curcumina interfere na proliferação celular maligna de várias maneiras: inibe os efeitos dos fatores de crescimento tumoral, inibe proteínas envolvidas no ciclo celular e inibe a ornitina decarboxilase (ODC). 
 A apoptose é um modo discreto das células morrerem sem fazer alarde, digo inflamação. Provocar apoptose em paciente com câncer grau IV não faz piorar o seu estado geral já tão comprometido. A curcumina é capaz de induzir apoptose nas células malignas por mecanismos dependentes ou não dependentes da mitocôndria. 
 No mecanismo mitocondrial, o que acontece em grande número de células, a curcumina ativa sequencialmente a caspase 8, a diminuição do potencial transmembrana mitocondrial, a abertura dos poros de transição, a liberação de citocromo-c, a ativação da caspase -9, a ativação da caspase-3, a clivagem do PARP e finalmente a fragmentação do DNA e apoptose. 
 Nos mecanismos não mitocondriais a apoptose acontece por:
1.     Diminuir a produção de proteínas antiapoptóticas bcl-2 e bcl-x
2.     Induzir a proteína bax através da p53, provocando apoptose no câncer de mama
3.     Induzir a proteína p53 mediadora da apoptose no câncer de cólon
4.     Aumentar a oxidação intracelular por aumento da geração de radicais livres com a diminuição do GSH intracelular.

5.     Inibir PTK e PKC

Mecanismos de Ação da Curcumina nas Vias de Sinalização das Células Malignas
1.     Inibe a Via Fator de Crescimento
1.     Inibe a atividade da proteína tirosina kinase (PTK) do receptor EGF
2.     Inibe a fosforilação da tirosina provocada pelo receptor EGF
3.     Inibe a atividade kinase intrínseca do receptor EGF
2.     Inibe a Via MAPK – “mitogen – activated protein kinases
1.     Inibe a via de sinalização c-Jun Nterminal kinase (JNK)
2.     Inibe a ativação da IL-1 sobre a MAP kinase
3.     Diminui a expressão do gene MMP
3.     Suprime a transcrição do fator de transcrição early growth response-1 (Egr-1)
4.     Diminui a expressão de receptores andrógenos e a sua transativação
5.     Inibe a Via da Proteína Kinase – serina/treonina proteína kinases
1.     Inibe a proteína kinase C (PKC)
2.     Inibe a proteína kinase A (PKA)
3.     Inibe a fosforilase kinase (PhK)
4.     Inibe a autofosforilação-ativada pela proteína kinase (AK)
5.     Inibe a proteína kinase dependente do AMP-cíclico
6.     Inibe a Via AP-1 (Ativador da Proteína-1)
1.     Inibe a expressão dos proto oncogenes c-fos , c-jun e c-myc induzidas por TPA (agente promotor de tumor)
2.     Inibe a expressão das proteínas c-Jun e c-Fos induzidas por raio ultravioleta e TPA
3.     Inibe a IL-1 e o TNF induzido pelo AP-1
4.     Inibe a ativação do AP-1 induzida por TPA
5.     Inibe a liberação do AP-1
6.     Inibe a IL-1 estimulada pelo AP-1
7.     Diminui a expressão do gene MMP
 Inibe a Via NF-kappa B
1.     Suprime a ativação da transcrição do NF-kappa B no núcleo
2.     Inibe a IL-1, a IL-1alfa e o TNF induzido pelo NF-kappa B
3.     Inibe a ativação do NF-kappa B induzida pelo TPA (agente indutor de tumor)
4.     Inibe a ativação do NF-kappa B induzida por quimioterápicos
5.     Inibe a produção e a liberação de TNF
6.     Inibe a produção de citocinas inflamatórias pelos monócitos do sangue e macrófagos alveolares
7.     Regula a expressão de citocinas pró-inflamatórias
8.     Inibe a atividade da Ikappa B kinase, que é ativador do NF-kappa B
9.     Inibe a resposta angiogênica induzida pelo MMP-9 (matrix metaloprotease) e FGF-2 (fibroblast growth factor)
10.   Diminui a expressão do gene MMP
11.   Reduz a expressão do gene fator tissular endotelial
12.   Inibe a transcrição e a expressão da COX2
13.   Inibe a expressão da enzima oxido nítrico sintetase induzida (iNOS) e diminui a produção de ácido nítrico
14.   Induz a expressão do gene p21
1.     Suprime a ciclin dependente de kinase (CDK), a ciclin D1, inibindo ciclo celular
1.     Outros
1.     Inibe a atividade da fosfolipase D em mamíferos
2.     Inibe a Ca-ATPase do retículo sarcoplásmico
3.     Aumenta a velocidade de acúmulo intracelular de cálcio iônico
4.     Inibe a atividade e a expressão da LOX e COX
5.     Induz aumento da atividade da glutationa S-transferase (GST)
6.     Modula a atividade do citocromo P450
7.     Modula a P-glicoproteína e induz sensibilidade aos quimioterápicos
8.     Estimula a expressão das proteínas de estresse
9.     Inibe a proteína farnesil transferase (FPTase)
10.   Suprime moléculas de adesão, suprimindo metástases
11.   Suprime a formação de citocinas inflamatórias: TNF, IL-1,IL-12 e quimocinas
12.   Inibe a atividade da telomerase
Inibição da Inflamação pela Curcumina

 A inflamação está implicada na carcinogênese e a curcumina é um potente agente anti-inflamatório. Joe, em 1997, mostrou que 10 micromoles de curcumina inibem em 82% a incorporação de ácido araquidonico na membrana citoplasmática de macrófagos do peritônio do rato. Também inibe em 45% a incorporação de prostaglandina E2 e 61% de leucotriene B4 ao lado de aumentar em 40% a secreção de 6-ceto PGF1a.
 A curcumina inibe a secreção de colagenase, elastase e hialuronidade, ao lado de inibir vários tipos de fosfolipases: fosfolipase D, fosfolipase A2 e fosfolipase C. A curcumina inibe vários fatores inflamatórios como o NF-kappa B e AP-1 e também reduz a produção de citocinas pró-inflamatórias como o TNF, IL1beta e IL-8.
A Curcumina Inibe a “farnesil protein transferase” – FPTase
 As proteínas Ras devem ser isopreniladas para apresentarem atividade biológica: proliferação celular maligna. O farnesil pirofosfato é um intermediário da via mevalonato e doa seu radical isoprenil ativando o oncogene ras. Chen em 1997 mostrou que a curcumina inibe a FPTase, o que impede a farnelização da proteína Ras p21 e consequentemente impede o seu efeito proliferativo.
A Curcumina Inibe a Atividade da Telomerase
 A ativação da telomerase é uma etapa crucial da proliferação celular e a curcumina é um potente inibidor da ativação da telomerase. A melatonina e a epigalatocatequina-3-galato também inibe a telomerase. A atividade da telomerase nas células MCF-7 do câncer de mama humano é 7 vezes maior do que nas células mamárias correspondentes não malignas. A curcumina na concentração de somente 100 micromoles inibe em 93,5% a atividade da telomerase nestas células malignas (Ramachandran-2002). Esta inibição é devido à diminuição da expressão do hTERT (“human telomerase reverse transcriptase”), sem interferência do c-myc. É possível que a diminuição da expressão do hTERT seja mediada pela supressão do NF-kappaB provocada pela curcumina.
Efeitos da Curcumina no Câncer “in vivo”
I- Animais

A- Farmacocinética
 

Quando a curcumina é administrada na dose de 1 g/Kg em ratos, por via oral, cerca de 75% aparecem nas fezes e praticamente nada é excretado pela urina (WAHLSTROM, 1978). Dosagens no sangue e bile mostram que a curcumina é rapidamente metabolizada. De fato, em suspensão de hepatócitos 90% da curcumina é metabolizada em apenas 30 minutos. Doses de 5 g/Kg não provocaram efeitos colaterais em ratos.
 Foi administrado em ratos, por via oral, 400 mg de curcumina e verificou-se que cerca de 60% da droga era absorvida pelo intestino. Em 24 horas, 38% da dose administrada estavam presentes no ceco e intestino grosso A forma encontrada na urina foi conjugada com glucoronídeos ou sulfatos. Encontrou-se somente traços de curcumina na veia porta, fígado e rins e nada no sangue do coração em 15 minutos a 24 horas após a administração (RAVINDRANATH, 1980).
 Outros autores mostraram que a absorção da curcumina variou de 60 a 66%, independentemente da quantidade ingerida. Todos estes estudos mostram que a curcumina é razoavelmente absorvida e rapidamente metabolizada e excretada.
B- Carcinogênese experimental

 Vários estudos indicam que a curcumina é um potente agente quimiopreventivo, agindo tanto na iniciação, como na promoção de vários tipos de tumores: mama, cavidade oral, estômago, esôfago, intestino, cólon, pulmão e fígado (LU, 1993-1994, et al.) Busquets, em 2001, mostrou que a administração de curcumina por seis dias consecutivos em ratos com caquexia devido ao hepatoma de Yoshida apresentaram redução de 31% do tamanho do tumor hepático. 
 No câncer de próstata humano refratário à hormonioterapia e implantado no camundongo a curcumina reduziu marcantemente a proliferação celular e aumentou drasticamente a apoptose. Juntamente promoveu significante diminuição da neoangiogênese (DORAI, 2001). Este trabalho mostra que a curcumina pode ser útil no tratamento do câncer de próstata humano no estado hormônio-refratário.
 Nas metástases de pulmão de melanoma de camundongo a curcumina reduz significantemente o volume tumoral pulmonar, cerca de 90% de redução, e com aumento de 144% na sobrevida (MENON, 1995). A explicação é que a curcumina inibe as metaloproteinases responsáveis pela degradação da substância amorfa intersticial o que dificulta a invasão tumoral. 
 
II- Seres Humanos
A- Farmacocinética

 
 Estudos em animais mostraram que a curcumina é rapidamente metabolizada no fígado e na parede intestinal, o que provoca a baixa biodisponibilidade celular da substância. Shoba, em 1998, conhecedor do fato que os indianos apreciam no seu cardápio diário o uso como tempero da cúrcuma com muita pimenta, resolveu estudar o efeito da piperine extraída da pimenta negra (Piper nigra L) ou da pimenta longa (Piper longum L) sobre a biodisponibilidade da curcumina. A piperina é a amida do ácido piperínico com o azinane (piperidina).
 A piperina presente em 5% da Piper nigra e 6% da Piper longum aumenta a biodisponibilidade de várias drogas por inibição da glucoronidação no fígado e intestino delgado. O grande pesquisador, Guido Shoba, revelou ao mundo algo de interesse prático e de suma importância. Quando a curcumina é administrada sozinha a ratos, na dose de 2 g/kg, a concentração sérica aumenta moderadamente em 4 horas de observação. A administração concomitante de 20 mg/Kg de piperine aumenta a concentração sérica e diminui a excreção renal no curto período de 1 a 2 horas, o que faz aumentar a biodisponibilidade celular da curcumina em 154%. 
 Em humanos após a ingestão de 2g de curcumina sozinha (4 cápsulas de 500mg), os níveis séricos foram muito baixos ou até indetectáveis. A administração concomitante de 20 mg de piperine provocou grande aumento da concentração sérica da curcumina em 45 minutos a 1 hora após ingestão, o que representa aumento de 2000% na biodisponibilidade celular da curcumina. Não houve efeitos colaterais. A piperina na dose empregada em voluntários normais inibe a glucoronidação hepática e intestinal, o que provoca o aumento da biodisponibilidade da curcumina nas células do organismo. Devemos nos lembrar que as drogas metabolizadas por glucoronidação também vão experimentar aumento da biodisponibilidade, como o propranolol e a teofilina (Bano-1991). Pelo fato da biodisponibilidade da curcumina ser baixa estudou-se os efeitos dos seus principais metabólitos, o hexa-hidrocurcumina ,o hexa-hidrocurcuminol e o sulfato de curcumina e constatou-se que eles também possuem efeitos semelhantes à cucurmina, embora menos pronunciados.
1.     Estudos Clínicos

 
B1- Fase Clínica I


 Sharma, em 2001, investigou a farmacocinética da curcumina na dose escalonada entre 440 e 2200 mg/Kg de extratos de Cúrcuma, correspondendo a 36 a 180 mg de curcumina em 15 pacientes com câncer colorretal avançado e refratário ao tratamento convencional. Em quatro meses de tratamento o uso oral da Cúrcuma foi bem tolerado e não houve toxicidade na dosagem máxima. O número de leucócitos permaneceu estável. A curcumina ou seus metabólitos não foram detectados no sangue ou na urina. As imagens revelaram estabilização da doença em cinco pacientes no período de dois a quatro meses de tratamento. 
 O trabalho foi feito em 2001 e o autor perdeu a oportunidade de mostrar o real valor da curcumina, pois não aumentou a sua biodisponibilidade com a Piper nigra.
B2- Fase Clínica II
 Cheng, em 2001, em pacientes com câncer de alto risco observou que a curcumina na dose de 8 g/dia durante três meses foi bem tolerada pelos 25 pacientes incluídos no estudo. Além de 8g ao dia o volume administrado não foi tolerado pela maioria dos pacientes. A concentração sérica atingiu o pico máximo em 1 a 2 horas e gradualmente caiu nas próximas 12 horas. O pico sérico após ingerir 4g, 6g e 8g de curcumina foi respectivamente: 0.51 +/-0.11 micromol; 0.63 +/-0.06 micromol e saltou para 1,77 +/-1.87 micromol. 
 Notar que o autor não usou piperina. Paciência, estamos na Fase II. Será que vai haver Fase III? Creio que não, pois se trata de droga não patenteável. A curcumina tem mostrado atividade quimiopreventiva em vários modelos carcinogênicos, nos quais ela inibe a COX2 em nível de transcrição. A COX2 está implicada em vários tipos de cânceres humanos. 
 Plummer, em 2001, em 15 pacientes com câncer colorretal avançado, observou que a ingestão do extrato de Cúrcuma provocou inibição da formação do PGE2 de uma forma dosedependente, entretanto, sem diferença significante comparado com o valor pré-tratamento. Notar que o autor não utilizou piperina.