AR PURO
Aproximamo-nos do outro levando cargas do passado e expectativas para o futuro e assim armados tentamos impor regras à relação amorosa. O amorri-se de nossas manipulações, pois só respira em campo aberto e livre.
Se nossas experiências passadas forem pesos que carregamos com amargura; se nossas expectativas se tornarem imposições; se encararmos o outro como objeto a manipular, estaremos pequenos, estreitos e fechados diante da relação amorosa. O amor alimenta-se do ar puro dos espaços livres e amplos e não do ar contaminado por nossas angústias e medos.
São palavras de angústia: "proteja-se, feche-se mais, defenda-se".
São palavras de amor: "desarme-se, abra-se, alargue-se".
Qual dos dois devemos escutar?
Quem cultiva mágoas e preocupações não está livre para a alegria de amar.
Prática
Em pé, de olhos cerrados, tape os ouvidos com as mãos, contraia todos os músculos do corpo e assuma a posição fetal. Fique nela por um minuto, não mais. A seguir deite-se de costas, preferivelmente sobre um carpete, com os braços ao longo do corpo, pernas esticadas e relaxe os músculos. Compare o que sentiu nas duas experiências. A primeira representa a angústia; a segunda, a alegria do amor.
